Distorção idade-série cai para menos de 10% na rede municipal de ensino

Em janeiro, dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) mostraram que o índice foi de 11,9% para 9,6%.

O índice começou a ter uma queda considerável em 2015.
Nesse período, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) firmou uma parceria com o Instituto Ayrton Senna (IAS) para a realização de dois programas.

O programa “Se Liga” é destinado a estudantes não alfabetizados e em estado de defasagem idade-série matriculados do 3º ao 5º ano do ensino fundamental.
Já o programa “Acelera” promove a recuperação da aprendizagem de estudantes com distorção idade-série no mesmo período.

O total de estudantes em distorção idade-série das escolas urbanas ficou em 9,4%, enquanto na zona rural o total ficou em 12,9%.

O resultado geral da rede municipal é de 9,6%.

“Pela primeira vez na história da Semed conseguimos um índice abaixo de 10% de distorção idade-série. Nós temos vários programas em parceria com o IAS, temos também o pit stop, programa da própria secretaria, que está sendo copiado por outros municípios. É um momento histórico para a nossa secretaria, porque estamos reduzindo a distorção idade-série e o analfabetismo”, pontuou o secretário municipal de educação, Pauderney Avelino.

Para obter o resultado, a Semed passou por desafios, como o início de aulas remotas em 2021.

Por conta disso, na volta ao ensino presencial, a rede se organizou e começou a trabalhar índices essenciais como diminuição do abandono escolar e diminuição da retenção.

A responsável pelo programa IAS, Neuza Viana, apontou que uma das chaves para esse resultado foi a organização da rede municipal quando as aulas voltaram a ser presencialmente.

“Detectamos que no 4º ano os meninos, mesmo não estando em distorção, não estavam alfabetizados. O secretário determinou que oferecêssemos reforço presencial para eles com livro específico, acompanhamento de professor da rede e conseguimos 94% de alfabetização desses meninos e, consequentemente, eles não ficaram retidos e não vão ficar agora”, disse Neuza.

A Semed também buscou estudantes que tinham abandonado as escolas.

“Nos programas “Se Liga” e “Acelera Brasil”, todo um processo de busca foi feito por meio de tutores e assessores distritais para que nossas crianças voltassem. Fatores que contribuíram para que pudéssemos reduzir efetivamente esse índice. Então a rede se fortificou com gestores, assessores, professores, tutores a fim de que pudéssemos atender melhor nosso público e ele não desistisse da escola”, concluiu Neuza.

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore