Aterro sanitário de Iranduba será tema de audiência pública

A implantação do aterro sanitário que irá solucionar definitivamente o problema da destinação final de resíduos sólidos e acabar com o lixão irregular no município de Iranduba (a 27 quilômetros de Manaus), será tema da audiência pública que acontece neste domingo (22), na Escola Estadual de Tempo Integral Maria Izabel Xavier Desterro e Silva, localizada no Km 1, da rodovia Carlos Braga (AM-070).

A audiência – a terceira sobre o tema desde 2021 – será promovida pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e pela empresa Norte Ambiental, autora do projeto para construção do aterro sanitário, que irá apresentar e debater com representantes de órgãos públicos e moradores do município, o Estudo e Relatório de Impactos Ambientais (EIA/RIMA) da estrutura, a primeira da Região Norte que atenderá todas as normas e regulamentos determinados pela legislação para o descarte e destinação correta de resíduos.

“Este é um projeto socioambiental que colocará o Amazonas na dianteira da sustentabilidade e da proteção ambiental em todo o país. Por isso, a participação de todos os setores da sociedade é fundamental para contribuir com o projeto e para que o meio ambiente seja respeitado e a população beneficiada de forma direta”, afirmou Cristina Pietzsch, representante da Norte Ambiental.

Aterro X Lixão

Atualmente em Iranduba, assim como em todos os demais municípios do Amazonas, os resíduos das casas, comércio e empresas são despejados em um lixão irregular.

Situado em um ramal da Estrada do Janauari e dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) Margem Direita do Rio Negro, o lixão já afeta diretamente a fauna e a flora da região, além da saúde dos moradores que residem na área.

O aterro sanitário proposto pela Norte Ambiental é uma iniciativa privada e que não irá utilizar recursos públicos para sua implantação. Foi elaborado por uma equipe multidisciplinar e que quando estiver em funcionamento possibilitará o descarte e depósito correto dos resíduos, além da proteção do solo, do ar e dos lençóis freáticos, uma vez que a área será impermeabilizada com camadas de materiais especiais, e o chorume, material proveniente da decomposição do lixo orgânico, será recolhido e não será despejado no meio ambiente como acontece atualmente.

Ecossustentabilidade

O projeto do aterro sanitário também prevê a geração de dezenas de postos de trabalho diretos e indiretos em Iranduba, a reciclagem de produtos, a melhoria na qualidade de vida da população do município e a eliminação completa de urubus, ratos e insetos transmissores de doenças, assim como do frequente mal cheiro comum nos depósitos irregulares, uma vez que todo o material será remanejado e coberto.

O doutor em Ciências da Engenharia Ambiental, mestre em Biologia de Água Doce e Pesca Interior, professor da Ufam e integrante do Instituto Piatam, Carlos de Carvalho Freitas destaca ainda, que a Legislação Federal determina que todos os municípios brasileiros tem até 2024 para eliminar de uma vez por todas os “lixões”.

“Além do controle interno, o aterro será regulamentado e permanentemente fiscalizado pelos órgãos ambientais e quando estiver em operação será uma vitória ambiental e social para Iranduba e o Amazonas. A ecossustentabilidade só pode ser alcançada quando os resíduos são tratados de forma adequada e a outra opção é seguir fechando os olhos e deixar que o meio ambiente e a Amazônia seja atacada e destruída”, alertou Freitas.

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