Parlamentares espanhóis são impedidos de entrar na Venezuela

A delegação de deputados, senadores e eurodeputados espanhóis do PP (Partido Popular), de centro-direita, foi impedida de entrar na Venezuela para acompanhar as eleições no país, marcada para este domingo. 

Os nove parlamentares do partido desembarcaram na manhã deste sábado, 27 de julho, em Madri, depois de serem barrados. Eles criticaram a postura do governo socialista de Pedro Sánchez diante da ditadura de Nicolás Maduro.

“Observamos uma ditadura que apodrece e cai”, afirmou o eurodeputado Esteban González Pons, responsável pelos assuntos internacionais do PP.

Segundo González Pons, os parlamentares da legenda foram para a Venezuela em resposta a “convites formais” da oposição venezuelana para acompanhar as eleições de domingo. 

A delegação do partido não foi ao país como “observadores internacionais”. O líder do PP, porém, disse ter informado da viagem ao Ministério das Relações Exteriores da Venezuela, ao embaixador espanhol em Caracas e aos embaixadores da Venezuela em Bruxelas e Madri.

Na mesma linha, o porta-voz do PP no Congresso, Miguel Tellado, criticou o governo socialista de Sánchez e de seu ministro das Relações Exteriores, José Manuel Albares, acusando-os de endossar o discurso de Maduro.

“É lamentável ver o governo de Pedro Sánchez endossar o discurso do chavismo. É lamentável que a esquerda do nosso país prefira uma ditadura de esquerda a um governo democrático de direita.”

Ditadura de Maduro barra observadores internacionais
A ditadura de Nicolás Maduro, como mostramos, não permitiu a participação de observadores da oposição na instalação das urnas nos centros de votação no país e no exterior.

Diversos venezuelanos que estavam credenciados como testemunhas no Conselho Nacional Eleitoral não puderam ter acesso na sexta-feira aos centros de votação para acompanhar a instalação das urnas.

Na Venezuela, várias urnas foram instaladas antes das 8 horas da manhã, durante a madrugada, de forma que o processo não foi acompanhado pela oposição. São 15 mil centros de votação dentro do país.

Nesta sexta, um avião com ex-presidentes da América Latina foi impedido de decolar do aeroporto de Panamá rumo a Caracas. A aeronave levava ex-presidentes que integram a ONG Iniciativa Democrática da Espanha para as Américas (Idea), que promove a democracia na América Latina. Entre os ex-presidentes estavam o mexicano Vicente Fox e o boliviano Jorge Tuto Quiroga.

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