Superintendente do Ibama-AM nega responsabilidade da autarquia no combate a queimadas

Manaus tem enfrentado dias de intensa fumaça novamente. De acordo com o Sistema de Vigilância Ambiental (Selva), nesta terça-feira, 27, a qualidade do ar foi classificada como péssima em toda a capital. Os bairros mais afetados são Morro da Liberdade, Dom Pedro, Parque Dez e Compensa. A “neblina” tóxica é consequência de incêndios florestais na capital e interior comuns nessa época do ano.

Durante todo o dia, as redes sociais foram tomadas por reclamações e denúncias de focos de queimadas. Uma delas foi feita por meio de um vídeo gravado pelo ativista ambiental, Amauri Gomes, que mostra uma área verde devastada pelo fogo na Zona Norte da capital. Ele mostra a clareira e cobra atuação dos órgãos fiscalizadores, como o Instituto Brasileiro Ambiental, o Ibama.

A publicação no Instagram rendeu mais de mil visualizações e 100 comentários de pessoas denunciando outros focos. A supresa veio quando o próprio superintendente da autarquia do Amazonas, Joel Araújo, deixou um comentário negando a atuação do Instituto no combate as queimadas “Somente para o seu conhecimento. Este tipo de crime ambiental não é competência do Ibama. Se informe melhor pra poder criticar” disse.

O comentário rendeu uma enxurrada de reações negativas dos usuários. “O Ibama tem sim responsabilidade em crimes ambientais, especialmente nesses casos de maior impacto ou que envolvam outras regiões. Procure mais conhecimento antes de comentar nas publicações alheia”, escreveu uma seguidora.

Além de exercer o poder de polícia ambiental e executar ações das políticas nacionais de meio ambiente, o Art. 5º da Lei nº 11.516, de 28 de agosto de 2007, diz que o Ibama tem sim como atribuição, o monitoramento ambiental, principalmente no que diz respeito à prevenção e controle de desmatamentos, queimadas e incêndios florestais.

O Amazonas sofre com uma disparada de queimadas. Mais de 7 mil focos de calor foram registrados no mês de agosto contra 4 mil no mesmo período do ano passado, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o
Inpe. O estado está em emergência ambiental devido às queimadas. O governo proibiu por 180 dias para a prática de fogo e o uso de técnicas de queima controlada.

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