O governador Wilson Lima destacou, nesta sexta-feira (16/08), o avanço de desenvolvimento em matrizes econômicas sustentáveis no Amazonas como o potássio, mercado de carbono, gás natural e a Zona Franca durante apresentação no 23º Fórum Empresarial LIDE, realizado no Rio de Janeiro. O encontro reúne mais de 300 gestores de empresas e autoridades públicas de todas as esferas para debates sobre desenvolvimento socioeconômico.
“Nós estamos trabalhando para que o estado do Amazonas seja um estado com um ambiente propício para negócios, levando em consideração que nós temos a maior extensão de floresta contínua do planeta. Nós temos uma legislação ambiental diferenciada do restante do Brasil. Em todo o bioma amazônico, nós temos legislação específica ambiental, e mesmo assim, nós temos provado que é possível fazer investimentos”, afirmou o governador Wilson Lima.
O governador fez sua apresentação no painel “Desenvolvimento Regional Gerando Emprego e Renda”. O fórum é dividido em seis painéis que abordam temas sobre democracia, mineração, transição energética, inteligência artificial, entre outras áreas. Doze governadores e vice-governadores das cinco regiões do país foram convidados para mostrar as potencialidades dos seus estados.
Ao público presente, Wilson Lima explanou sobre o trabalho realizado pelo Governo do Amazonas para tornar realidade a produção de potássio em Autazes (a 113 quilômetros de Manaus). A partir dos investimentos, será possível reduzir a importação de fertilizantes agrícolas, bem como reduzir em até 80% a emissão de Gases do Efeito Estufa com o transporte do minério.
“Essa é uma mina que demorou 15 anos para chegar à condição que está e pudesse entregar todas as licenças ambientais. Por conta da burocracia e, em alguns casos, por conta de convicção daqueles que tomam decisões, isso aqui não acontecia. Isso é fundamental para a segurança alimentar não só do Brasil, mas do planeta”, disse o governador.
Créditos de carbono
FOTO: Diego Peres/Secom
O governador Wilson Lima também considerou o mercado de carbono como um avanço para o Amazonas, o primeiro estado do Brasil com sistema misto de REDD+ (sigla para Redução de Emissões provenientes do Desmatamento e da Degradação Florestal) com projetos em 21 Unidades de Conservação.
“A geração desses créditos está condicionada a fatores sociais, o que garante uma maior integridade a esses créditos de carbono. Nós criamos um Fundo de Mudanças Climáticas que garante que 50% dessa venda de créditos será revertido em comunidades que geraram esses créditos.
Gás natural
FOTO: Diego Peres/Secom
O governador também falou sobre tornar o gás natural do município de Silves (a 204 quilômetros da capital) em uma importante atividade econômica. A parceria do Governo do Estado com a empresa Eneva prevê o início da operação no Complexo Azulão 950 para 2026, possibilitando energia elétrica para 3,7 milhões de residências entre 2026 e 2027. O investimento privado da Eneva é na ordem de R$ 8 bilhões.
“Em 2020 nós quebramos o monopólio do gás no estado do Amazonas, estabelecemos um novo marco regulatório e isso permitiu a exploração do Campo do Azulão, que hoje abastece a térmica de Jaguatirica, em Roraima, e resultado disso, a Eneva começou a construção de três térmicas”, pontuou o governador.
Zona Franca
FOTO: Diego Peres/Secom
Wilson Lima também reforçou a importância da Zona Franca de Manaus para o desenvolvimento econômico sustentável da região, tendo em vista a redução da pressão sobre o meio ambiente. Hoje o Polo Industrial conta com mais de 500 empresas instaladas, movimentando mais de 500 mil empregos diretos e indiretos e um faturamento na casa dos R$ 174 bilhões.
Além disso, o governador pontuou que a ZFM é líder brasileira na produção de televisores, motocicletas e telefones celulares, e a 2ª maior produtora de aparelhos de ar-condicionado split.
“Quando eu tenho desenvolvimento e geração de emprego, eu reduzo a pressão sobre a floresta. Quando eu tenho uma maior arrecadação de tributo, o estado tem maior capacidade de monitoramento, fiscalização e de combater o crime que resulta em ilícitos ambientais”, afirmou