A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) intensificou suas operações ao longo de 2024 e executou diversas prisões, dando o cumprimento de mais de 2 mil mandados de prisão na capital e no interior do estado, o que permitiu um crescimento de 90% em relação ao ano anterior. Os números somam-se ao trabalho da Delegacia Especializada em Capturas e Polinter (DECP), que organizou seis operações policiais e cumpriu 359 mandados de prisão até novembro deste ano.

O delegado-geral adjunto da PC-AM, Guilherme Torres, destacou que os números são frutos do comprometimento da Polícia Civil com a segurança pública e, também, do trabalho integrado entre os policiais civis de Manaus e do interior.

“Estamos fechando o ano com recordes de cumprimento de mandados, demonstrando dedicação, coragem e compromisso com a segurança da sociedade amazonense. Isso é fruto de todo o esforço feito ao longo deste ano pelos policiais civis que estão lotados tanto na capital quanto no interior. Essa integração promove uma resposta mais ágil e eficaz no combate à criminalidade em todo o Estado”, destacou o delegado-geral adjunto.

De acordo com o delegado Fábio Aly, titular da Polinter, os dados apurados até o mês de novembro foram consolidados pela Divisão de Recebimento e Análise de Dados (DRAD). As operações foram realizadas em locais estratégicos e contribuíram significativamente para a melhoria dos índices de segurança pública. As ações tiveram como principal objetivo a captura de foragidos envolvidos em crimes graves, tais como estupro, homicídio, roubo e tráfico de drogas.

“O resultado demonstra não apenas uma melhoria significativa na eficiência do trabalho da Polinter, mas também nas ações das demais delegacias distritais, tanto da capital quanto do interior, além das especializadas”, ressaltou.

O delegado explicou que, neste contexto, a Polinter não apenas desempenha um papel essencial ao estabelecer conexões estratégicas com as Polícias Civis de outros estados, mas também assume protagonismo na execução de mandados de prisão e na coordenação de operações em bairros e áreas consideradas sensíveis.

“Quando identificamos uma área em que há perturbação da ordem pública, realizamos operações específicas nas regiões. Durante as ações, elaboramos uma relação com os foragidos que estão nos bairros ou que possuem praticaram crimes no local, ainda que residam em locais adjacentes”, detalhou o delegado.

Logo depois, acrescentou Aly, é feito um trabalho de inteligência, com levantamento de alvos e identificação das residências dos alvos. Após iso, são coordenadas e executadas as operações com o apoio das demais delegacias da capital e do interior.

Operações

O delegado Fábio Aly informou que, ao longo do ano, 275 pessoas foram presas em decorrência de operações coordenadas pela Polinter, com o apoio da Polícia Militar do Amazonas (PMAM) e da Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência (Seai). Dentre as operações realizadas, destacam-se as ações contra homicidas e outros criminosos de alta periculosidade.

“Nós deflagramos a Operação Raio, no bairro Tarumã-Açu, zona oeste; a Operação Alvorada, no bairro Alvorada, zona centro-oeste; e a Operação Alvo Certo, em duas etapas nos bairros Jorge Teixeira e Cidade Nova, localizados nas zonas leste e norte, respectivamente. Além de operações temáticas, como a Operação Afrodite, deflagrada com o apoio da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM), no dia dos namorados”, informou o titular da Polinter.

Segundo a autoridade policial, o foco foi o combate a crimes contra a mulher. Também ocorreu a Operação Diligens, conduzida em parceria com a Delegacia Especializada Em Proteção à Criança e ao Adolescente (Dpca), que resultou na prisão de 39 pessoas, e a Operação Protetor, que levou à prisão de 111 indivíduos por inadimplência no pagamento de pensão alimentícia.

Denúncias

O delegado esclareceu que a população pode registrar denúncias sobre suspeitos de estarem foragidos, incluindo casos de inadimplência de pensão alimentícia, por meio do número 181, da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM), ou pelo WhatsApp da Polinter, no número (92) 3667-7727. A identidade do denunciante será mantida em total sigilo.