Desmatamento tem redução de 7% em Unidades de Conservação Estaduais no Amazonas

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Na contramão do aumento registrado no Amazonas, as Unidades de Conservação (UC) Estaduais conseguiram reduzir o desmatamento em 7% dentro de seus territórios.

Segundo levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), as UC Estaduais acumularam, de julho de 2020 a agosto de 2021, 16,7 km² de área desmatada – 7% a menos que a análise anterior.

Além disso, as áreas protegidas de gestão do Estado contribuíram com apenas 1% do total de 2.063,38 km² registrado para o período.

“Esse é um dado que comprova que as áreas protegidas ordenadas são capazes de atuar como barreiras ao desmatamento, ao mesmo tempo em que conseguem criar um cinturão de prosperidade, baseado nas cadeias produtivas sustentáveis que temos à disposição”, disse o secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira.

Ao todo, a Sema realiza a gestão de 42 UC Estaduais, sendo oito de proteção integral e 34 de uso sustentável, categoria onde estão incluídas as Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS). São mais de 18,9 milhões de hectares, que representam 12,1% do território amazonense.

Redução de queimadas

Em todo o estado houve  ainda queda de 32% dos focos de calor, de janeiro a 17 de novembro deste ano, em comparação com o mesmo período de 2020. Do total, apenas 2% ocorreram dentro de UC Estaduais.

Dos 95.542 focos de queimadas registrados, 92% estiveram concentrados em sete municípios do sul do Amazonas, área considerada a mais vulnerável para a ocorrência de crimes ambientais, sobretudo, a grilagem de terras públicas.

Alertas de desmatamento

Ainda segundo o Inpe, 83% do desmatamento no Amazonas ocorreram em sete municípios do sul do estado. São eles:

  • Lábrea (542,4 km²)
  • Apuí (330,1 km²)
  • Boca do Acre (200,3 km²)
  • Humaitá (198,6 km²)
  • Novo Aripuanã (194,5 km²)
  • Manicoré (134,7 km²)
  • Canutama (125,2 km²)

A ocorrência dos desmatamentos foi registrada da seguinte forma:

  • 70% dentro de glebas federais e assentamentos, de órgãos federais;
  • 5% em áreas estaduais
  • 24% em áreas não destinadas e/ou particulares

Novas ações

Instituições integrantes da Operação Tamoiotatá estiveram reunidas, na tarde de sexta-feira (19), para a articulação de novas medidas de combate ao desmatamento e queimadas no Amazonas.

A reunião ocorreu de forma emergencial, após a divulgação dos índices preliminares de desmatamento na Amazônia Legal.

Para 2022, os órgãos decidiram iniciar a segunda edição da operação em fevereiro do próximo ano – dois meses antes da Tamoiotatá deste ano.

Além do adiantamento da operação, as instituições discutiram a alteração dos planos de trabalho e a aplicação de recursos do projeto Floresta Viva, que coordena as ações de comando e controle inseridas no Programa Amazonas Mais Verde.

A proposta é destinar mais recursos para melhorar a infraestrutura de atuação da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), em especial, do Batalhão Ambiental da Polícia Militar.

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