O senador Laércio Oliveira (PP-SE) chamou a atenção nos últimos dias após aparecer em vídeos “escoltando” pessoalmente Jair Bolsonaro durante a recente visita do ex-presidente a Aracaju.
O próprio senador postou um vídeo do encontro com Bolsonaro na capital sergipana, no qual o ex-presidente diz que “aprofundou o relacionamento” com Laércio após a visita a Sergipe.
“Estou aqui com o senador Laércio Oliveira, mantemos um certo relacionamento e agora se aprofundou esse relacionamento. Muito boa a presença dele aqui”, disse Bolsonaro.
Embora seja apoiador declarado do ex-presidente, Laércio indicou e conseguiu emplacar aliados em cargos federais estratégicos do governo Lula em Sergipe, reduto eleitoral do senador.
Ele indicou, por exemplo, o atual superintendente estadual do Ministério da Saúde no estado, Tiago Rangel. Tiago está no cargo desde 2021, época do governo Bolsonaro, e foi mantido no posto por Lula a pedido do senador.
A manutenção do aliado no cargo, porém, não tem garantido votos ao governo no Senado. Em votações importantes para a gestão Lula, Laércio votou contra os interesses do Palácio do Planalto.
Contrariando orientação do governo Lula, o senador sergipano se posicionou, por exemplo, a favor do fim das saídas temporárias de presos e do marco temporal das terras indígenas.
Outro lado
A coluna procurou o senador para entender o motivo de manter sua indicação no Ministério da Saúde, mesmo sendo oposição ao governo Lula, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto.
Em nota, Ministério da Saúde disse que a “nomeação dos superintendentes estaduais é de competência exclusiva do titular da pasta, que tem poder discricionário para tal ação”.
“O Ministério da Saúde informa que a nomeação dos superintendentes estaduais é de competência exclusiva do titular da pasta, que tem poder discricionário para tal ação. As nomeações e exonerações são públicas e estão disponíveis no Diário Oficial da União”, afirmaram.
Com informações do Metrópoles
