O presidente da CPI da Amazonas Energia, deputado estadual Sinésio Campos, lembrou que muitos clientes tiveram o fornecimento de energia suspenso. Isso ocorreu durante a vigência das leis estaduais que proíbem o corte por falta de pagamento.
“Nos apresentaram diversas situações em que, de maneira arbitrária, tiveram sua energia cortada durante este período de pandemia, além de medidores de energia sendo levados sem autorização. Recebemos, inclusive, vídeos de toda essa situação”, contou Sinésio.
A advogada da Amazonas Energia, Sandra Nogueira, negou os cortes por inadimplência até outubro. Mas admitiu o retorno das interrupções do fornecimento por falta de pagamento a partir desta terça-feira (16).
“No período específico, até outubro, não estávamos cortando por esse motivo. Realizamos recorte, vistorias que são conceitos diferentes, são pessoas que ou estão clandestinas ou estão ligadas à revelia da companhia, que estavam devendo muito antes da pandemia, já estavam cortadas. Em sede de fiscalização nós verificamos que estavam religadas e nós vamos para desligar”.
CPI da Amazonas Energia: falta de investimento no interior
A CPI também pediu explicação para a precariedade dos serviços de energia elétrica no interior.
O diretor técnico do Interior da Amazonas Energia, Radyr de Oliveira, culpou o estado e os municípios. Ele disse que, juntos, governo e prefeituras devem 1 bilhão de reais à concessionária. Por isso, a empresa não conseguiria investir na geração e distribuição de energia.
“Há vários municípios que não pagam a conta de luz faz 20 anos. Somadas, essas prefeituras devem 489 milhões de reais. O Estado do Amazonas deve 509 milhões, o campeão é a Susam com 268 milhões.”, explicou Radyr de Oliveira.